sábado, 16 de abril de 2011

Acionamentos Contatores, seccionadores, interruptores, etc...

• Seccionadores

Tem como função permitir o ligamento ou desligamento de uma carga. Essencialmente é um dispositivo
de manobra (mecânico) que assegura, na posição aberta, uma distância de isolamento que satisfaz
requisitos de segurança especificados.
Um seccionador deve ser capaz de fechar ou abrir um circuito, em duas situações mais relevantes: a)
Quando a corrente estabelecida ou interrompida é desprezível, e b) Quando não se verifica uma variação
significativa na tensão entre terminais de cada um dos seus pólos.
Um seccionador deve ser capaz também de conduzir correntes em condições normais de circuito, e
também de conduzir por tempo especificado, as correntes em condições anormais do circuito, tais como
as de curto-circuito.

• Interruptor

È também considerado um seccionador. É uma chave seca de baixa tensão, de construção e características
elétricas adequadas à manobra de circuitos de iluminação em instalações prediais, de aparelhos
eletrodomésticos e luminárias, e aplicações equivalentes.
Nota: Essa manobra é entendida como sendo em condições nominais de serviço. Portanto, o interruptor
deve interromper cargas nominais.

• Contator
Os Seccionadores que podem ser comandados á distancia e que possuem contatos de diferentes
amperagens são chamados de contatore. São dispositivos de manobra (mecânico) de operação não
manual, que tem uma única posição de repouso e é capaz de estabelecer (ligar), conduzir e interromper
correntes em condições normais do circuito, inclusive sobrecargas de funcionamento previstas.
É o principal elemento existente nos sistemas de acionamento. Sua função básica é permitir que um certo
circuito energize determinada carga (motor, reator, capacitor). Faz isto instantaneamente ou através de
temporização.

Veja a baixo a Imagem:


Funcionamento do contator.
Conforme definido e comentado anteriormente, o contator é um dispositivo de manobra não manual e
com desligamento remoto e automático, seja perante sobrecarga (através do relé de sobrecarga) seja
perante curto-circuito (através de fusíveis). Quem liga e desliga o contator é a condição de operação de
uma bobina eletromagnética, indicada no desenho acima.
Essa bobina, no estado de desligado do contator, ou seja, contato fixo e contato móvel abertos, também
está desligada ou desenergizada. Seu principio de funcionamento baseia-se na força magnética que tem
origem na energização de uma bobina e na força mecânica proveniente do conjunto de molas que o
sistema tem. Quando, por exemplo, através de uma botoeira, a bobina eletromagnética é energizada, o
campo magnético criado e que envolve o núcleo magnético fixo, atrai o núcleo móvel, com o que se
desloca o suporte de contatos com os contatos principais móveis, vencendo a força das molas, que assim
encontram os contatos principais fixos, fechando o circuito.
Estando o contator ligado (a bobina alimentada), e havendo uma condição de sobrecarga prejudicial aos
componentes do sistema, o relé de proteção contra sobrecarga (bimetálico ou eletrônico) interromperá um
contato NF desse relé, que está em série com a bobina do contator, no circuito de comando. Com a
abertura do contato é desenergizada a bobina eletromagnética, o contator abre e a carga é desligada.
Para efeito de religação, essa pode ser automática ou de comando remoto, dependendo as condições a
serem atendidas pelo processo produtivo ao qual esses componentes pertencem.
Além dos contatos principais, um contator possui contatos auxiliares dos tipos NA e NF, em número
variável e informado no respectivo catálogo do fabricante. (Lembrando: NA significa Normalmente
Aberto e NF, Normalmente Fechado). As peças de contator têm seus contatos feitos de metal de baixo
índice de oxidação e elevada condutividade elétrica, para evitar a criação de focos de elevada
temperatura, o que poderia vir a prejudicar o seu funcionamento. Nesse sentido, o mais freqüente é o uso
de liga de prata.



• Disjuntor.
Dispositivo de manobra (mecânico) e de proteção, capaz de estabelecer (ligar), conduzir e interromper
correntes em condições normais do circuito, assim como estabelecer, conduzir por tempo especificado e
interromper correntes em condições anormais especificadas do circuito, tais como as de curto-circuito.
Tem como função garantir a proteção, abertura e fechamento de um circuito sem o risco de arco elétrico.
Existem disjuntores a óleo e a Hexafluoreto de Enxofre (SF6).

• Relé Térmico

É constituído de um par metálico. São lâminas bimetálicas feitas em geral de ligs de níquel-ferro.
Tem objetivo principal a proteção do sistema quando da elevação da temperatura nos condutores a ele
ligado de forma a evitar a degradação dos condutores e/ou equipamentos.
Dispositivo elétrico destinado a produzir modificações súbitas e predeterminadas em um ou mais circuitos
elétricos de saída, quando certas condições são satisfeitas no circuito de entrada que controlam o
dispositivo.
O relé, seja de que tipo for, não interrompe o circuito principal, mas sim faz atuar o dispositivo de
manobra desse circuito principal. Assim, por exemplo, existem relés que atuam em sobrecorrente de
sobrecarga ou de curto-circuito, ou de relés que atuam perante uma variação inadmissível de tensão.
Os relés de sobrecorrente perante sobrecarga (ou simplesmente relés de sobrecarga), por razões
construtivas, podem ser térmicos (quando atuam em função do efeito Joule da corrente sobre sensores
bimetálicos), ou então eletrônicos, que atuam em função de sobrecarga e que podem adicionalmente ter
outras funções, como supervisão dos termistores (que são componentes semicondutores).

Relés de Sobrecorrente contra correntes de curto-circuito.
Esses relés são do tipo eletromagnético, com uma atuação instantânea, e se compõe com os relés de
sobrecarga para criar a proteção total dos componentes do circuito contra a ação prejudicial das correntes
de curto-circuito e de sobrecarga, respectivamente. A sua construção é relativamente simples em comparação com a dos relés de sobrecarga (bimetálicos ou eletrônicos), podendo ser esquematizado,
como segue:
ATENÇÃO PARA VER A IMAGEM GRANDE SO CLICAR NELA E CARREGAR NA PROXIMA PAGINA..

• Fusível encapsulado
Fusível cujo elemento que se funde é completamente encerrado num invólucro fechado, o qual é capaz de
impedir a formação de arco externo e a emissão de gases, chama ou partículas metálicas para o exterior
quando da fusão do elemento fusível, dentro dos limites de sua característica nominal.
Tem como função a proteção contra curto circuitos nos condutores que alimentam a carga. O elemento
fusível, para desempenhar sua ação de interrupção de acordo com uma característica de fusão tempo x
corrente perfeitamente definida, como demonstrada nesse item, deve ser fabricado de um metal que
permita a sua calibragem com alta precisão. Para tanto, o metal deve ser homogêneo, de elevada pureza e
de dureza apropriada (materiais moles não permitem essa calibragem). A melhor solução encontrada, na
área de fusíveis de potência, foi usando–se o cobre.
Pára-raio
Elemento de proteção contra sobretensões causados por descargas atmosféricas que porventura caiam em
uma linha de transmissão ou de distribuição. Tendo como função escoar a corrente proveniente do raio
para a Terra.

Transformador de força
Tem como função elevar ou reduzir a tensão em um determinado trecho do sistema mantendo-se a
freqüência inalterada.

Exemplo de um sistema completo com diversos componentes (unifilar)
Dados de placa de Motor
Os motores elétricos são a principal carga industrial que encontramos ligada ao sistema elétrico de
potência.
Em termos globais, de recente levantamento estatístico, o mercado brasileiro de consumo se apresenta
como representado abaixo.
Dos diversos tipos de motores, representados no que segue, cerca de 85-90 % se concentram nos motores
de corrente alternada (CA), trifásicos, de indução com gaiola de esquilo, que, apesar de não serem
necessariamente os eletricamente melhores, são os mais robustos e baratos. Essa é a razão de sua
preferência.
Tais motores, até há pouco tempo atrás, eram freqüentemente fabricados com elevadas perdas, o que
evidentemente prejudicava o seu uso racional e dava um mal aproveitamento a energia gerada
Atualmente, porém, apesar de um custo um pouco mais elevado na aquisição, os motores de alto
rendimento tem sido preferidos, até porque o custo a mais é compensado pelas menores perdas no motor.
Os motores elétricos possuem uma placa identificadora, colocada pelo fabricante, na qual pelas normas,
deve ser fixada em local bem visível.
Para instalar adequadamente um motor, é imprescindível que o instalador saiba interpretar os dados de
placa. Estes dados são:
nome e dados do fabricante, modelo (MOD), potência (cv, HP, kW), número de fases (por exemplo,
TRIFÁSICO ou 3f), tensões nominais (V), freqüência nominal (Hz), categoria (CAT), correntes nominais
(A), velocidade nominal (RPM), fator de serviço (FS), classe de isolamento (ISOL. CL.), letra-código
(COD), regime (REG), grau de proteção (PROTEÇÃO IP) , tipo de ligação.

Se não for possível a leitura destes dados, é necessária a análise através de ensaios destas características:

a)Tensão nominal (Vn) : Esta é a tensão de linha a qual o motor deve ser submetido em condições
normais. Pela norma brasileira todo o motor deve ser capaz de funcionar satisfatoriamente quando
alimentado tanto com tensão 10% abaixo como 10% acima da tensão nominal, desde que a freqüência
seja a nominal. Normalmente dão se dois valores (delta e estrela). O menor é o valor o qual a bobina do
motor suporta.

b) Potência Nominal: É a potência mecânica máxima que o motor pode fornecer no seu eixo em regime
de trabalho normal. Trata-se, portanto, da potência de saída do motor, a qual está especificada na placa.
Na prática utilizam-se as unidades de CV, HP e W e seus múltiplos. (1HP=746W e 1CV=736W)

c) Número de fases: Quantas fases tem o motor. Geralmente são três ou uma fase somente.

d)Tipo do motor: Pode ser de corrente contínua (shunt, paralelo, composto ou independente) ou corrente
alternada. Os de corrente alternada se dividem em dois grupos: os motores assíncronos ou de indução ou
os motores síncronos (com pólos salientes ou lisos).

e) Freqüência: É a freqüência da rede de alimentação do motor, expressa em Hz, no Brasil a freqüência
padronizada é de 60 Hz, porém no resto da América latina e Europa é 50Hz. Deve-se salientar que é
possível utilizar-se um motor de 50 Hz na freqüência de 60 Hz, contudo as características de partida e de
funcionamento serão alteradas, havendo em geral uma alteração na potência nominal. (Itaipu tem geração
nas duas freqüências)

0 comentários:

Postar um comentário

Tecnologia do Blogger.